Algures por volta de inicio de 1999, um grupo de 12 empresários, sem conseguir mais funcionar devido às incoerências que existiam no Mercado Angolano, onde, a desvalorização da moeda Nacional, o contrabando e não pagamento da divida interna atingiram um ponto tal que criaram, na prática, a inviabilidade da existência de empresas cumpridoras das Leis do País, decidiram pedir uma entrevista ao, então, Chefe de Estado, Excelência Sr Eng José Eduardo dos Santos para expôr a situação e onde se fizeram propostas concretas para alterar o status quo.
Em 19 de Setembro de 1999 esse grupo de 12 empresários, reuniu finalmente com o Chefe de Estado onde foram essencialmente colocados 6 pontos que, resolvidos, resolveriam 90% dos problemas:
1- Arrolamento e equacionamente do pagamento da divida interna... Até essa altura apenas se falava e se resolvia por pressão internacional, da divida externa
2- Controlo das alfandegas de forma a impedir que o "contrabando continuasse a fluir"
3- Terminar com as encomendas do Estado a empresas, essencialmente estrangeiras e no estrangeiro, de alterar o sistema de forma a que o Estado, salvo situações excepcionais, APENAS COMPRASSE, a residentes fiscais Angolanos.
4- Determinar que os Bancos, em vez de financiarem a importação, passarem a financiar "projectos devidamentes sutentados" de forma a que estes pudessem passar a "fazer o papel para o qual foram licenciados"
5- A análise aos salários da função publica de forma a que "os funcionários pudessem viver do seu salário" com o minimo de dignidade.
6- Propostas no sentido do empresariado Nacional poder "tornar-se fornecedor" do sector petrolífero, mercado até então práticamente reservado a empresas estrangeiras.
Na altura foi referido pelo Secretariado de S Exa Sr Presidente que a reunião deveria, no máximo demorar 45 minutos. S Exa Sr Presidente estava na altura rodeado do Min das Finanças, Governador do Banco, Responsáveis da Politica Económica a nível partidário ( e Parlamento ) e elementos da entourage da Presidência.
Foram feitas propostas baseadas na LEI E NO PRESSUPOSTO que os Orgãos Reguladores já existentes no País funcionassem.
O grupo de empresários reuniu com 17 ministros nos 15 dias seguintes a esta reunião. TODAS as propostas sem excepção foram accionadas e esse grupo de empresários tem hoje o grato prazer de poder afirmar que "contribuiu de forma séria" para que toda a forma de trabalhar em Angola se ALTEROU a partir daí.
a- A Crown Agents for contratada e o contrabando literalmente acabou em 18 meses
b- O Estado passou a encomendar apenas a Residentes Fiscais Angolanos, potenciando todas as empresas do País e consequentemente potenciando o OGE com recursos em impostos fora do "petróleo"
c- A divida interna foi arrolada e inciou todo o processo de negociação de pagamento da mesmas
d- Os salários da função publica foram elevados para níveis que, em determinados casos, ultrapassou o sector privado, assistindo-se mesmo ao "fenómeno inverso" de funcionários deixarem o sector privado para se candidataram ao sector publico.
e- Os Bancos passaram a analisar os projectos de forma a potenciar o investimento nos vários sectores da economia.
f- Começou o fornecimento de produtos e serviços por parte de residentes fiscais angolanos ao sector Petrolífero.
g- A montante, técnicos dessas empresas, começaram a contribuir para as leis que entretanto começaram a sair com destaque para as Leis Fiscais.
24 meses após 19 de Setembro de 1999, práticamente todos estes processos estavam em curso e muitos deles em plena implementação.
Missão cumprida. O grupo de empresários fez o seu contributo "pro-bono" para o País e desmobilizou-se, mantendo apenas uma relação estreita de amizade e nacionalismo.
Infelizmente o pressuposto de que OS ORGÃOS REGULADORES e o cumprimento das Promessas Eleitorais do Partido que ganhou as eleições não aconteceram e foram sendo criadas novas "desvirtuações" em todo o processo que, apesar de mais leves, começaram a afectar de forma séria o normal desenvolvimento das decisões que haviam sido tomadas. Essas desvirtuações foram essencialmente ligadas a actos de corrupção directa ou indirecta:
a- Alguns ministérios passaram a fazer encomendas a "empresas cujos proprietários" eram elementos do próprio Ministério ou orgão Estatal
b- Dividas falsas começaram a surgir reconhecidas sem que os produtos e/ou os serviços tivessem sido fornecidos
c- Projectos foram produzidos com base em planos de negócios puramente teóricos e alguns bancos, ou pessoas em bancos, financiaram tais projectos sem olhar correctamente aos colaterais e à rentabilidade do negócio e probabilidade de retorno. O principal problema aqui foi que o Orgão Regulador não controlou o que devia controlar e "Bancos entraram em falência técnica" devido a este tipo de financiamentos.
Em 2018, elementos do mesmo Grupo de Empresários, decidiu voltar a reunir-se e pensar em CRIAR CONDIÇÕES para que o Grupo Empresarial ( nome que este grupo de empresários havia adquirido em 1999 e 2000 ), oficializasse a sua situação e se tornasse uma organização "pro-bono" que contribuisse de forma oficial, para a tomada de decisões do Governo e consequentemente ajudasse o País.
É assim que o GTE foi finalmente criado e oficializado. Primeiro com 4 Associações, depois com mais 4 e finalmente 20 Associações e 6 Consultores especialistas para além do seu Coordenador, Dr Carlos Cunha. Em 1 de Maio de 2021 eis a constituição do GTE.
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1
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GTE - Grupo Técnico Empresarial
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2
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ECODIMA - Ass. de Emp. de Comércio e Distribuição Moderna de Angola
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3
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CEA - Confederação Empresarial de Angola
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4
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APASIIL - Associação da Pesca Artesanal, Semi Industrial e Industrial de Luanda
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5
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AÍA - Associação das Industrias de Angola
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6
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AAPA - Associação Agropecuária de Angola
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7
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ACETRO - Ass. dos Concessionários de Equip. de Transportes Rodoviários
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8
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AHARA -Associação de Hotéis e Resorts de Angola
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9
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FMEA - Federação de Mulheres Empresarias de Angola
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CAFANG - Associação Nacional do Café, Cacau e Palmar
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11
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AICA – Associação da Industria Cimenteira de Angola
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12
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AIBA - Associação das Indústrias de Bebidas de Angola
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GRAFICAS DE ANGOLA
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MOAGEIRAS
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15
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ANIMA - Associação Nacional das Industrias de Madeira de Angola
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16
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BIOCOM - Companhia de Bio Energia
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17
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APIMA - Associação dos Profissionais Imobiliários de Angola
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18
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AAPC - Associação Angolana de Projectistas e Consultores
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19
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AIESPA- Assoc. das Instituições do Ensino Sup. Priv. de Angola
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20
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AJAN - Associação dos Jovens Empresários do Agro Negócio
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21
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APM - Associação Angolana das Empresas de Publicidade e Markting
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22
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AIPA - Associação das Industrias de Panificação
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23
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AIPHILCA - Associação das Industrias de Prod. Higiene e Limpeza
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24
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ATROMA - Associação dos Transportadores de Mercadorias e logística
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25
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ANAC - Associação Nacional dos Aquicultores de Angola
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26
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CCGSA - Cooperativa dos Criadores de Gado do Sul de Angola
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27
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COOPLACA - Cooperativa dos Criadores de Gado de Camabatela
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28
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ANAVI- Associação Nacional de Avicultores
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ESPECIALISTAS
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29
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ECONOMIA
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Gualberto Campos
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30
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FISCALIDADE
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Rui M Dos Santos
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31
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PESCAS MAR E SAL
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Adérito Areias
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32
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JURISTA
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Marco Silva
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33
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BANCA
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Jaime Freitas
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34
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ASSUNTOS INSTITUCIONAIS
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Cremildo Paca
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